sábado, 29 de junho de 2013

Conversações VI: os acasos do destino

Tu me conheceria tão bem
que conheceria até
o que eu conheço de ti.
Não sei,
mas acasos acontecem.
Rupturas sempre podem ser promessas.
Laços só são feitos quando temos pontas soltas.
Quer algo que deixe mais pontas soltas do que rupturas?
Mas, ainda assim,
eu nao quero que fiquem soltando minhas pontas o tempo todo
pra elas ficarem balançando no vento
até se enroscarem com outras pontas.
A promessa inscrita numa ponta solta é a memória de uma dor
e a esperança de que a dor terminou.
Nossa, como a gente tem assunto.
Quando não tem, a gente inventa.
Tua intenção, às vezes,
pode até não ser provocar o pensamento,
mas sem dúvida alguma também não é passar despercebida.
A complexidade é sempre mais atraente que a coerência.
É reconfortante pensar que algumas coisas tem de ser
ou não eram pra ser.
O peso do destino nos torna mais leves.
O peso do destino retira o peso da escolha.
O destino está sempre fora de nós,
mas, a escolha, a carregamos para onde formos.
O acaso é derrotado com a palavra dita

Há acaso com sentido?

Há acaso consentido?

______
Parceria com Paula Helena.

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