domingo, 23 de junho de 2013

Conversações I: a raridade do encontro

Loucura que é o tempo e o encontro:
o que foi, o que teria sido, o que será,
se as circunstancias fossem essas, se fossem outras..
justamente por conta desses quase encontros...
quase-encontros,
semi-vividos.
Viver plenamente os quase-encontros,
entender essas metades como uma (in)completude válida,
incrível
ou até necessária.
Coincidências que levaram as coisas a ser do jeito que são
e que as levarão a ser do jeito que serão.
Um minuto a mais ou a menos em algum lugar,
uma palavra dita ou calada,
um gesto...
quanta coisa tem que se combinar pra resultar no agora.
Onde estamos e quem somos hoje
é não só aquilo que fomos positivamente,
mas também a soma das nossas ausências.
Mas, de fato,
quando paramos para pensar nas infinitas possibilidades que se abrem,
e nos damos conta da quase impossibilidade
de algo que hoje é um fato,
tudo porque alguém talvez decidiu (ou não) esperar mais ou menos 10 segundos.
A vida é rara
É feita de raridades
E ainda assim às vezes a tratamos
como se a encontrássemos em todos os lugares.

______
Parceria com Paula Helena.

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