terça-feira, 9 de setembro de 2014


E então ele gritou.
Levou as duas mãos à boca e gritou.
Estendeu os braços perpendicularmente ao corpo,
espalmou as mãos
e gritou.
Gritou.
Pediu.
Implorou.
Prostrou-se diante dela e pediu-lhe que parasse.
Chorou, e como chorou.
De nada adiantou.
Ela, impassível, seguiu em frente,
sem dar ouvidos a súplicas,
nem secar lágrimas.
A vida não para.
Jamais.
Nem mesmo para seu pretenso dono.

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